Formação de Preço

Um incentivo à valorização do trabalho artesanal no Brasil

*Artigo escrito por Sabrina Vianna e Daniele Matos, da Matrioska Brazil Acessórios

  
Infelizmente, aqui no Brasil, muito se observa a desvalorização do trabalho artesanal, tanto pelos consumidores ávidos por preços cada vez mais baixos, quanto pelos vendedores que na hora da formação de seus preços, acabam por baratear demais seus produtos, devido a enorme concorrência.
Mas isso precisa mudar, pois sabemos que o artesanato é algo exclusivo, raro, que demanda grande tempo e dedicação por parte do artesão, ao contrário do que ocorre com os produtos industrializados que são feitos em grande escala, não possuindo a mesma beleza de um produto feito à mão.
Assim, a valorização deve partir primeiro do artesão através da formação de preço, já que é a pessoa mais indicada para definir o quanto foi trabalhoso e custoso para se fazer aquela determinada peça, devendo também deixar de lado a tentação em baixar demais o preço, em decorrência dos outros artesãos que não são conscientes com relação ao valor de seu trabalho.
O que acontece quando um artesão desvaloriza o seu trabalho é um terrível ciclo vicioso, em que o outro artesão que vende peças parecidas também desvaloriza para competir nas vendas e nisso, os consumidores também acabam por pechinchar mais e mais por acreditarem que aquele produto possui pouco valor.
Então, é preciso calcular corretamente as despesas, mão de obra, tempo gasto, lucro pretendido, entre outros elementos para se chegar a um preço justo. E pode ter certeza que os motivos pelos quais farão um consumidor comprar a sua peça serão a beleza, a qualidade e o talento despendido.

Vamos valorizar o trabalho artesanal, as nossas horas de sono perdidas, o tempo gasto com a mão na massa! Sejamos todos artesãos verdadeiramente profissionais!


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